Recado à presidente
que que habita o palácio do Planalto.
Mexendo no problema
errado
Por CARLOS
BRICKMANN
Não é questão de nacionalidade: um dos maiores médicos do Brasil foi
um ucraniano, Noel Nutels, que levou a saúde pública às áreas indígenas da
Amazônia. A questão é outra: é que o Governo criou uma enorme polêmica por achar
que Saúde é Medicina.
E não é:
Medicina é a última etapa na luta pela Saúde.
E não é:
Medicina é a última etapa na luta pela Saúde.
- A Saúde começa pela engenharia ─ saneamento
básico. A água potável e os esgotos reduzem o número de doentes (e derrubam a
mortalidade infantil).
- Educação é o segundo passo: quem lava as mãos e cuida da higiene básica, mantém o mosquito da dengue à distância, assegura a limpeza dos animais domésticos e cuida de seu lixo tem mais condições de evitar doenças.
- Condições de vida são importantes:
roupas e calçados minimamente adequados,
alimentação suficiente,
moradia saudável
fazem milagres.
Se uma pessoa educada, com acesso a saneamento básico, alimentação e moradia, devidamente vacinada, mesmo assim fica doente, então cabe à Medicina cumprir seu nobre e insubstituível papel de cura.
Em resumo, não adianta trazer grandes especialistas mundiais sem que a população tenha condições adequadas de vida. Tem? Não, não tem.
E não falemos de periferias: Guarulhos, na Grande São Paulo, segunda maior cidade do Estado, 13ª do país, com 1,2 milhão de habitantes, onde está o maior aeroporto internacional do país, não trata nem metade dos esgotos que lança no rio Tietê.
E sem seringas, termômetro, medidor de pressão, medidor de glicemia, alguns remédios, que é que se espera de um médico? Milagres?
Lembre-se sempre:
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim".
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